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domingo, 1 de setembro de 2013

A farsa arrogante de parte dos médicos brasileiros em atos visíveis




Carlos Antonio Fragoso Guimarães


Seria engraçado se não fosse especialmente trágico.... No Brasil, a maioria dos estudantes de Medicina são da classe média alta e muitos filhos de médicos... Fazem da profissão uma espécie linhagem de certos privilegiados e do conhecimento médico, uma forma de divisão de classes. Muitas vezes expressam de diferentes formas o velho estilo "carteirada", agora no sentido "você, como leigo, não tem condições de entender".

Afora isso, uma parcela considerável, formada em universidades públicas, não possuem espírito de solidariedade a não ser com os que podem pagar. E nisso recebem um grande incentivo da poderosíssima indústria farmacêutica e de tecnologia médica - tecnologia esta muitas vezes secundária, mas plena de fetiches simbólicos, sem falar na atitude e pensamento mecanicista de uma parte considerável dos clínicos (clique aqui para ver o médico, Dr. Igor Tavares Chaves, discorrer lucidamente sobre o grande poder da poderosa indústria farmacêutica no condicionamento dos médicos e do público para o consumo nocivo, por vezes  sem necessidade e ainda de produtos menos efetivos, de medicamentos, numa ótica unicamente mercantil e mecanicista).

Agora, esta categoria elitista se sente profundamente ameaçada por médicos estrangeiros, em geral, e pelos cubanos, em particular.

Além do mais, a derrota do exclusivismo da prescrição de diagnósticos e, com isto, de reserva de mercado e proeminência apenas aos profissionais de medicina, que eles tanto queriam através do sórdido Ato Médico (felizmente, nestes pontos delicados, vetados pela presidente Dilma), fizeram eclodir o lado direitista dos conselhos regionais e federais da categoria Além dos ranços ideológicos, eles temem que o paradigma humanista e solidário dos que vêm de fora acabe por mostrar à população as falhas e as atitudes exclusivistas deles próprios... Lembram-se do caso dos médicos que faziam dedos de silicone para burlar o ponto eletrônico, registrando a entrada e a saída mas sem trabalhar ou estarem lá?

Para termos uma ideia melhor do pensamento arrogante de boa parte da classe médica, vejamos os videos abaixo:













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